
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Indignação Sufocada
Assim como tua boca destampada se omite em meio à voz igualitária.
Olha cada pingo de suor teu se transformando em gotículas de uísque importado,
Que nem por tua garganta passa.
Liga o noticiário pra curar tua solidão, aproveita e ver qual foi a tragédia de hoje:
“É Fan tas ti co;
- Boa noite pra vocês!
No Rio de Janeiro só de mortes registradas já têm 436.”
Note que quem há de mudar é você.
A violência continua, tem gente que ainda faz disso brincadeira.
Mas a TV te entende, anula, quiçá, a culpa tua.
Ou a culpa é do ‘artista de sinal’ que cheira cola pra saciar a fome?
E quanto a cola mal passada no colégio?
Educação, educação!
Foi o que restou, minha indignação.
(Camilla Matos)
O Motivo para o Súbito Silêncio das Minhas Palavras
O amor nos tira as palavras e nos da a vontade de escrever.
Estou vivendo uma curiosidade dentro do meu coração, espero que seja o meu novo amor. Espero poder viver tudo o que penso estar sentindo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Mentiras
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Medo de se Apaixonar
Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso... Medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar, mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.
(Carpinejar)
Amanhecer

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Prece

Cinco e meia da manhã e ele admirava cada detalhe da face dela enquanto dormia. O Formato arredondado do rosto, as perfeitas sobrancelhas, a forma oriental de seus olhos verdes, maquiagem um pouco borrada, nariz pequeno, afilado e empinado e seus lábios carnudos entreabertos que imploravam por um beijo de cinema. Ele não cansava de olhar aquele anjo em sua frente. No mesmo momento ele aproveitava pra agradecer a Deus por ter-lhe presenteado com, um tão valioso e tão verdadeiro, amor.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Intrigante²

Ele caminhou em círculos pela sala até que seus pés ficassem doloridos e cheios de bolhas. Ela o acompanhava com os olhos, calada, foi buscar água quente e ataduras para lavar e cobrir as doloridas bolhas vermelhas do seu companheiro. Eles não se falaram nem se olharam durante horas. O silêncio incômodo e o perfume de rosas dela eram as únicas coisas que se expressavam no ambiente.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Merthiolate e Band-Aid colorido por favor?
