quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ê Paixão

Paixão tem cheiro bom, tem cheiro de pecado, de novas experiências, tem cheiro de desejo, cheiro de saudade, cheiro de prazer, de pele, homem e mulher, cheiro de carinhos e de romance.

Um beijo que te leve a loucura, te arrepie até o último fio de cabelo, que te faça flutuar nas nuvens e sair de si por uns segundos. Um abraço que te faça sentir uma paz tão grande que te dê vontade de gritar, uma paz que chega a dar um aperto no coração, onde você se sinta segura e que você não queira sair de lá de modo algum. Sussurros ao pé do ouvido, mordidinhas na orelha e nos lábios, beijos e chupões no pescoço, tudo isso lembra paixão.

Paixão incontrolável, de certa forma insaciável, aquela paixão que te faz pensar mil besteiras, que te faz ter vontade de fazer loucuras, paixão que dá adrenalina. Aquela paixão que te faz sonhar acordada, fantasiar encontros, paixão a primeira, segunda, terceira vista! Toda paixão é válida! Paixão dá saudade, fome, excitação, calor, arrepios.

Paixão é bom e eu gosto!

Cicatrizes


Colaram meu coração com ‘durepox’, amarraram com fitinha e deram um laço! Secaram o sangue espalhado que me encharcava, me deram banho e me puseram pra dormir. Durmo e não sei com quem sonho, só sei que não é com você. Estou curada, agora só restam cicatrizes que eu faço questão de esconder. Conto até dez, respiro fundo e sigo em frente.

Sou uma espécie de borboleta que morre e nasce todos os dias, e que a cada amanhecer sente dificuldades em voar por causa do peso dessas marcas, desse presente que fez questão de acobertar meu sofrimento. Algumas vezes essas chagas ainda doem. Um dia seu nome foi açúcar em minha boca.

Meu coração remendado está cansado. Cansou de sofrer, de pulsar em vão por alguém como você. Minhas asas já estão pesadas e a cada dia fica mais difícil levantar meu voo. Já não tenho mais forças pra gritar por seu nome.

 

Flávia Barreto e Lara Delgado

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Amor Feinho

Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho.


(Adélia Prado)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Que Faltava...

Hoje, depois que tudo passou, conseguimos conversar sobre o que houve. Apenas hoje, talvez por medo de sofrer ou fazer sofrer mas uma vez, ou talvez, também, pela saudade e medo de fraquejar em frente ao outro. Nesse momento crucial, momento em que decidimos o nosso caminho, surgiu muitas dúvidas e medos como o de ser precipitado, o de magoar, o de se arrepender. Porém, nada como acordar para perceber que nenhum desses medos poderia, em fim, me machucar.
 Agora sim, Quando conversarmos sobre nosso futuro, longe ou perto, seja como for, decidíssemos de vez, pois eu já não aguento mais esperar, a saudade me sufoca como me sufocava antes, a saudade me machuca como me machucava antes. Hoje, sinto mais que ontem que você era o que faltava para eu ser feliz novamente.

domingo, 12 de setembro de 2010

Imóvel a Tua Presença

Eu não sei por que você me causa tanta inspiração. Teu jeito é poesia, tua paz é magia, teus olhares sedução, tua voz uma música fabulosa. Passar uns dias sem te ver faz nascer uma saudade que me faz ficar imóvel a tua presença. Pode até ser um pouco de medo de agir errado ou ser precipitada como sempre, mas isso é só no primeiro momento, você me deixa a vontade com sua energia boa e suas brincadeiras sem graça. Você me distrai. Me faz ver que nem tudo está terminado pra mim.

Nenhum Segredo

Teu olhar me hipnotiza, me faz sorrir sem motivo e lembrar-me dele ao acordar. Teus olhares me fazem viajar, me fazem pensar mil coisas sobre o que você estaria pensando, o que você estaria olhando, porque seus olhos têm um brilho tão envolvente. E enquanto isso retribui os olhares, mesmo que sem graça, procurando de certa forma disfarçar o que já está perceptível aos olhos das pessoas que nos rodeiam. Já não é mais segredo que seus olhares tão profundos são meus.